Festas Litúrgicas de Abril

         Domingo de Ramos – 13 de Abril

O Domingo de Ramos, também chamado de Domingo da Paixão, marca o início da Semana Santa, período em que lembramos os últimos momentos da vida de Jesus, incluindo sua entrada triunfal em Jerusalém e sua Paixão. A procissão de ramos já acontecia em Jerusalém no ano 400. A Missa desse dia é centrada na Paixão de Jesus, com leituras do Evangelho que narram sua dor e sofrimento. A primeira leitura, do livro de Isaías, e o Salmo 22 expressam o sofrimento de Jesus, que, mesmo com medo, obedeceu ao Pai até a morte na cruz, como destaca a segunda leitura dos Filipenses. A Semana Santa não é apenas de lamento, mas representa o coração do mistério da salvação, onde Jesus, por amor, entregou sua vida. O Domingo de Ramos nos convida a refletir sobre nossa vida e destino, encontrando respostas para nossos sofrimentos e dúvidas em Jesus, que nos acompanha em todos os momentos. A celebração é um convite ao silêncio, oração e uma compreensão profunda do mistério da Paixão.

Quinta-feira Santa Tríduo Pascal – “In Coena Domini” 17 de Abril  

A Igreja primitiva celebrava o dia de Páscoa, em toda a sua plenitude, apenas na Vigília Pascal até à manhã da Páscoa, até o século IV, quando a festa foi dividida em três dias, formando o tríduo pascal. Este começa com a Missa “in Coena Domini” na Quinta-feira Santa à noite, seguindo a tradição judaica, onde o dia começa na noite anterior. A Última Ceia de Jesus, celebrada como a Páscoa judaica, instituiu a Eucaristia e o sacerdócio ministerial. Durante o banquete, Jesus realizou o gesto do lava-pés, simbolizando serviço e amor, quebrando a ideia de superioridade entre mestre e servo. A Eucaristia, portanto, não é apenas um rito a ser repetido, mas um chamado a viver o serviço e o amor mútuo, especialmente para com os excluídos. A Quinta-feira Santa se torna, assim, um momento de profunda reflexão e aprendizado sobre a fé cristã.

Sexta feira Santa – 18 de Abril

A Sexta-feira Santa é um dia de luto e reflexão, marcado pela morte de Jesus na cruz, que ocorreu no 14º dia do mês de Nissan, numa sexta-feira. A liturgia do dia é composta por três momentos: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão. Nesse dia, os fiéis são convidados a focar em Jesus Crucificado, que morreu para cumprir sua missão salvífica, conforme a expressão “Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”. O profeta Isaías fala de Jesus tomando sobre si os pecados e sofrimentos da humanidade, e Paulo ressalta que, por amor, Jesus se fez pobre para enriquecer os outros. A Sexta-feira Santa nos convida a refletir sobre nossos próprios sofrimentos à luz da cruz, onde encontramos respostas para as questões da vida e um chamado a seguir Jesus com amor até o fim.

Sábado Santo – 19 de Abril

No Sábado Santo, a Igreja fica em silêncio: os sinos não tocam, as igrejas são despojadas e vazias. Neste dia, somos convidados a nos unir à Virgem Mãe e a viver na expectativa do novo Dia. A celebração do sábado santo ajuda-nos a compreender como viver, em confiante expectativa, os “muitos dias” de silêncio, que a vida nos apresenta ao longo da nossa existência. Somos convidados a parar, na companhia de Maria, pois este é o melhor modo de retomar o caminho.

Páscoa – 20 de Abril

No Domingo de Páscoa, celebramos a ressurreição de Jesus Cristo, o centro da fé cristã, marcando a vitória sobre a morte e o pecado. A palavra “Páscoa” significa “passagem”, simbolizando a transição da morte para a vida, e é a celebração mais importante da liturgia cristã após os 40 dias de penitência.

Originada na tradição judaica da libertação do Egito, a Páscoa, com Jesus, ganha novo sentido: ao morrer na cruz, Ele inaugura a Nova Aliança.

Nos Evangelhos, apesar de variações nos detalhes, todas as narrativas confirmam o túmulo vazio e as aparições do Cristo ressuscitado.