ANO 45 – EDIÇÃO 535 – MAIO 2025
Maio – Mês Mariano, dedicado à Virgem Maria
O mês de maio é conhecido na Igreja Católica como Mês Mariano, um período especial de louvor, devoção e homenagem à Virgem Maria, Mãe de Jesus e de toda a humanidade. Essa tradição tem origem na Europa, onde maio, mês da primavera, simboliza beleza, vida e renovação e passou a ser dedicado à mais bela das flores: Maria.
A devoção mariana em maio foi oficializada no século XVI, fortalecendo práticas como o Terço, ladainhas e coroações, que expressam amor, fé e gratidão à Mãe de Deus.
Quatro grandes devoções a Maria celebradas em maio:
1. Nossa Senhora de Fátima (13 de maio): Em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, Maria apareceu a três pastorinhos em Fátima, Portugal, trazendo mensagens de oração, conversão e paz. Essas aparições marcaram profundamente a história da Igreja e continuam mobilizando fiéis no mundo inteiro.
2. Maria, Rainha dos Apóstolos (25 de maio): Esse título foi difundido por São Vicente Pallotti, que via em Maria o modelo perfeito de discípula e evangelizadora. Ela é reconhecida como aquela que acompanha e intercede por todos os que anunciam o Evangelho.
3. Nossa Senhora da Visitação (31 de maio): Comemora-se o episódio bíblico em que Maria visita sua prima Isabel, levando Jesus em seu ventre e sendo saudada como “bendita entre as mulheres”. Esta devoção exalta Maria como portadora de graça e consolação.
4. Medianeira de Todas as Graças (31 de maio): A Igreja reconhece Maria como aquela que intercede junto a Jesus por todas as graças concedidas à humanidade. Esse título foi oficialmente incluído na liturgia pelo Papa Bento XV, em 1921.
O mês de maio é, portanto, um tempo de profunda espiritualidade, marcado por orações, festas e demonstrações de amor à Mãe de Deus. Celebrar Maria é reconhecer seu papel essencial na história da salvação e sua constante intercessão em favor de seus filhos. Como disse Jesus na cruz: “Eis aí tua Mãe” (Jo 19,27). Assim, somos um povo mariano, chamado a amar, honrar e imitar a Virgem Maria em sua fidelidade, serviço e amor.
Tratado da Verdadeira Devoção à Maria
O “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort, é uma obra essencial para quem deseja viver uma verdadeira devoção a Maria e, assim, unir-se mais perfeitamente a Jesus. O santo explica que Deus quis vir ao mundo por meio de Maria e, do mesmo modo, deseja que os fiéis se aproximem d’Ele por Ela.
O livro apresenta os fundamentos teológicos da devoção, alerta sobre sete tipos de falsas devoções (críticos, escrupulosos, superficiais, presunçosos, inconstantes, hipócritas e interesseiros) e descreve as características da verdadeira devoção: interior, confiante, santa, constante e desinteressada.
A consagração proposta consiste em tornar-se “escravo de amor” de Jesus por meio de Maria, entregando tudo – bens, méritos e vida – para que Maria conduza seus filhos a Cristo. O tratado oferece um itinerário espiritual prático, com exercícios interiores e exteriores, como, o especial amor pela oração “Ave-Maria” e “Rosário”, o uso de uma cadeia simbólica e o cultivo da vida interior em Maria, com Maria, por Maria e para Maria.
Para se consagrar, o fiel deve passar por um período de preparação de 33 dias, com orações específicas e meditações, encerrando com a consagração solene em uma data mariana, renovada anualmente.
Este método de espiritualidade foi tão poderoso que o próprio demônio tentou esconder o livro por 150 anos. Descoberto em 1842, hoje é referência mundial da espiritualidade mariana, adotada até por santos como São João Paulo II, que escolheu como lema de vida o “Totus Tuus” (Todo Teu, Maria).
Festas Litúrgicas de Maio
Solenidade da Ascensão: Missão e Esperança para a Igreja
29 de Maio
A Solenidade da Ascensão, celebrada 40 dias após a Páscoa, marca o encerramento da presença visível de Jesus na Terra e o início do tempo da Igreja. Referida desde os primeiros séculos por santos como João Crisóstomo e Agostinho, sua difusão deve muito a São Gregório Nazianzeno. Em muitos países, a festa, que originalmente ocorre numa quinta-feira, é transferida para o domingo seguinte.
O Evangelho (Mt 28, 16-20) narra Jesus ressuscitado enviando os discípulos a evangelizar todas as nações, garantindo sua presença constante: “Estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
A Ascensão não representa uma separação, mas um novo modo de presença. Assim como a nuvem que ocultou Jesus remete à manifestação divina no Antigo Testamento, ela simboliza que, pela fé, podemos experimentar sua presença viva.
A missão confiada aos discípulos, mesmo sendo uma comunidade marcada por fragilidades, é a mesma da Igreja hoje: ser testemunha do amor e da misericórdia de Cristo, até os confins do mundo, impulsionada pela força do Espírito Santo.
A celebração da Ascensão recorda que a nossa vocação é a eternidade. Jesus leva consigo a humanidade ao céu, abrindo caminho para todos nós. Enquanto isso, somos chamados a ser uma Igreja em saída, comprometida com o anúncio do Evangelho e com a construção de um mundo mais fraterno, certos de que Deus caminha conosco.
Festa da Visitação: Maria, modelo de serviço e missão
31 de Maio
A Festa da Visitação de Nossa Senhora foi instituída em 1389 pelo Papa Urbano VI, pedindo a intercessão de Maria pela unidade da Igreja durante o Grande Cisma. Originalmente celebrada em 2 de julho no Oriente, a festa foi assumida pelos franciscanos no século XIII e, após o Concílio Vaticano II, passou a ser comemorada em 31 de maio, encerrando o mês mariano.
O Evangelho (Lc 1,39-47) narra Maria, que, grávida, vai apressadamente às montanhas visitar sua prima Isabel, também grávida, apesar da idade avançada. Ao se encontrarem, Isabel, cheia do Espírito Santo, proclama: “Bendita és tu entre as mulheres”, e Maria responde com o cântico do Magnificat, um hino de louvor e esperança.
O encontro entre Maria e Isabel é mais do que um gesto de solidariedade. É o encontro de duas mulheres portadoras de promessas divinas, onde até as crianças em seus ventres se reconhecem e exultam de alegria.
A atitude de Maria, que vai apressadamente, revela seu coração missionário e disponível ao serviço. A Visitação nos lembra que a fé se traduz em gestos concretos de amor, cuidado e presença, e que quem louva a Deus, como Maria no Magnificat, é também chamado a servir, levando esperança e alegria onde for necessário.
Conclave elege Papa Leão XIV
Após o falecimento do Papa Francisco, no dia 8 de maio de 2025, o cardeal Robert Francis Prevost foi eleito no conclave o 267.º (ducentésimo sexagésimo sétimo) Papa sucessor do Apóstolo São Pedro. O novo pontífice escolheu o nome de Leão XIV. Ele é o primeiro papa da Ordem de Santo Agostinho e o segundo das Américas, após Francisco.
Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago (EUA), filho de pai francês e italiano e mãe espanhola, Leão XIV construiu sua trajetória na vida religiosa desde jovem. Ingressou na Ordem de Santo Agostinho em 1977 e foi ordenado sacerdote em Roma em 1982. Missionário no Peru por mais de uma década, exerceu funções como formador, vigário judicial e pároco, sempre atuando junto às comunidades mais pobres.
Em 1999, foi eleito prior provincial dos Agostinianos e, depois, prior geral da Ordem, cargo que ocupou por dois mandatos. Nomeado bispo em 2014, conduziu a Diocese de Chiclayo, no Peru, e assumiu papéis de destaque na Conferência Episcopal Peruana.
Em 2023, foi chamado a Roma para assumir a liderança do Dicastério para os Bispos, além de integrar diversos órgãos da Cúria Romana. No consistório de setembro do mesmo ano, foi criado cardeal.
Seu lema episcopal, “In Illo uno unum”, trata-se das palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”. O lema escolhido reflete seu compromisso com a unidade e o serviço. A eleição de Leão XIV é vista como continuidade do caminho de sinodalidade, proximidade com os pobres e renovação pastoral iniciado por seus predecessores.
Desde já, curvemo-nos reverentemente ante o nosso Papa Leão XIV, ao mesmo tempo que rezamos por ele:
Oremos pelo nosso Pontífice Leão. O Senhor o guarde e o fortaleça, lhe dê a felicidade nesta terra e não o abandone à perversidade dos seus inimigos. Tu és Pedro! E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.
Oremos: Ó Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai benigno o vosso servo Leão, que constituístes pastor da vossa Igreja; concedei-lhe que, com sua palavra e exemplo, edifique aqueles a quem preside e chegue à vida eterna, com o rebanho que lhe foi confiado. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
NOITE DE CANÁ
Tivemos no dia 24 de Abril nossa Noite de Caná, onde tivemos o reencontro com os jovens participantes do XII Caminhando com Cristo



25 Anos de União
- Elizângela e Ricardo – 13/05/2000


50 Anos de União
- Amir Abraahão e Maria Francisca Valle Abraahão – 05/04/1975
- João Barbosa de Lima e América T. dos Reis Lima 19/04/1975
DE OLHO NO CALENDÁRIO
Noite de Caná
Data: 26/06/2025 Horário: 19:30
Local: Salão da Paróquia São Cristovão


Encontro de 1 Dia
Data: 01/06/2025 Horário: 19:30
Casal Coordenador: Gleison e Keila
Local: Paróquia Frei Galvão